A casa surge nos limites da cidade de Santo Tirso, numa clara transição para o meio mais rural do concelho, ainda que ladeada pela movimentada Estrada Nacional 105, que liga o Porto a Guimarães.
Aparentando ter mais de um século de existência e sucessivas evoluções construtivas, a casa estava em elevado grau de degradação, não apenas pelo peso dos anos, mas também por estar desabitada há mais de 30 anos. Ainda assim, é inegável o seu potencial, imponência e beleza.
Bafejada pela excelente exposição solar, pela parcela generosa de terreno e pela água fresca corrente, mesmo nos dias mais quentes, a propriedade reunia uma série de características que apaixonaram os seus proprietários e, mais tarde, a nós.
A vontade de reabilitar, de preservar a memória e a identidade foram pilares decisivos para um projeto que lhe aliou a contemporaneidade das soluções na busca por uma espacialidade de conforto térmico, acústico e, claro, estético, numa dança de respeito e sincronia de tempos e eras.
A materialidade mais icónica do mosaico hidráulico, ou a mais anciã da pedra e da madeira, foi resguardada e pensada, desde a execução dos pormenores mais discretos, até à leitura de um todo, pela associação de materiais de utilização e linguagem mais contemporânea, com tonalidades, combinações e composições que resultam neste conjunto perfeitamente integrado na paisagem. A Casa Verde.